As touradas
Ainda ontem passei eu os olhos por uns quanto canais de televisão quando me deparei com uma tourada, estive ali uns 2 minutos a olhar para o televisor, a pensar no quanto eu detesto touradas. Eu de facto gosto muito de animais, e ver os touros ali na praça a sofrer, onde as suas hipóteses de defesa são reduzidas (pois até as pontas dos cornos são tapadas) e entregue ao seu triste destino já traçado. Mas este post não é para falar na injustiça que eu atribuo ás touradas, mas sim para mostrar o pleno reflexo da nossa sociedade que encontramos nas touradas. Começando por baixo, temos os forcados, que são um grupo de, para ai, 10 pessoas, todos eles amadores, ou seja nem devem receber um tostão para ali estar, que usam vestes muito simples e pobres, e o trabalho deles é nada mais nada menos que enfrentar corpo a corpo e a pé meia tonelada de força bruta. E se á primeira não sai bem, repetem, e repetem… Depois temos aqueles (de quem não sei o nome) que andam lá com as capas a correr de um lado para o outro, já se vestem melhor, e já não entram em contacto físico com a besta, digamos que já são superiores. E eis que chegamos ao topo, aos cavaleiros, que usam umas vestes todas cheias de rococos (não confundir com o estilo de construção do sec XVII) e andam a cavalo, sim, que a pé aquilo cansa, e ainda por cima recebem um cheque chorudo por ali andar a passear os seus 2 ou 3 cavalos.
No fim, a maioria dos aplausos vai para quem… para o cavaleiro. As flores (ou os ramos maiores)… para o cavaleiro. É triste este mundo assim!
No fim, a maioria dos aplausos vai para quem… para o cavaleiro. As flores (ou os ramos maiores)… para o cavaleiro. É triste este mundo assim!